quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Acorda e faz o ritual de todos os dias.Não há tempo pra pensar.Então surge o dia já no meio, profanando semanas de obediência à automatização.Eis o tempo que não tinha, e que poderia ficar sem ter.E lá vem a numeralha de incertezas, das pessoas na rua e você.Na rua? Nas pessoas? Na numeralha? E por lembrar de livros que nunca terminou, e o título daquele do Balzac que nunca leu, a idéia de não-vida não é mais idéia.Seguindo a seqüência delas, se reflete deformado no conto do meio, e acha ridículo o novo eufemismo.E pra que serve o espelho senão pra isso?E pra que servir pra isso?
Pensa sempre em abandonar as interrogações, a entonação no final das frases.
Por uma tarde cansa de acreditar na teoria dos figurantes, de fingir as coisas fáceis.Amanhã será um dia de não-vida, de coisificação.O resto do ano também.Como tem que ser.Falso fácil!

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